Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Valencia, Diguinho, Julio Cesar e Conca; Emerson e Fred. Este era o time que no dia 5 de dezembro do ano passado entrou em campo e venceu o Guarani por 1 a 0 conquistando o título do Campeonato Brasileiro. Destes 11, três já não estão mais no elenco. Um (Julio Cesar) era reserva. Conca e Emerson também deixaram o Fluminense. Claro que a ausência do argentino é a mais sentida.

Mas como pode um time que, pelo menos nas peças, mudou tão pouco estar tão diferente em menos de um ano? O que fizeram para o campeão brasileiro ser uma equipe tã irregular no campeonato seguinte?

É muito difícil chegar a uma conclusão do que aconteceu no caminho. O que mais me incomoda hoje é o aparente desinteresse por grande parte dos jogadores no meio das partidas. Vamos voltar simplesmente ao último confronto, com o Botafogo. Não se pode sair na frente num clássico e logo depois entregar o empate. Márcio Rosário vinha tendo boas atuações, mas voltou ao normal e deu um bote ridículo em Elkeson no lance do primeiro gol adversário.

O pior, porém, ainda estava por vir. Com todo o respeito ao Loco Abreu, mas um poste desengonçado não pode sair com a bola dominada de seu campo de defesa, a 2km por hora, e chegar quase à área do Fluminense sem que ninguém o pressione a ponto de ele escolher como iria fazer o passe para um outro jogador desmarcado. Enquanto isso, os tricolores voltavam num trote de irritar a qualquer um.

Aí, atrás no marcador, o time totalmente perdido entregou-se ao desespero. Passou a tentar de qualquer jeito chegar ao empate. Uma equipe mal arrumada pelo técnico Abel Braga. Um time sem esquema. Infelizmente, o treinador parece perdido. A cada partida ele tem uma "sacada genial" e troca algumas peças sem, no entanto, conseguir ter sucesso.

Está complicado, mas, pelo menos na vontade, o Fluminense precisa se igualar aos seus adversários. Nem isso vem acontecendo.

Por hoje é só!

Saudações tricolores!

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Caros tricolores,

Infelizmente o post inaugural deste novo espaço individualizado terá de ser em tom de lamentação. Mas o maior motivo a se lamentar não é nem só a derrota contra o Santos. O pior é saber que o Abel Braga está satisfeito com os zagueiros que temos. Sentir saudades do Márcio Rosário é algo desesperador.

A verdade, porém, tem de ser dita. Desde que chegou, o Caveirão fez das suas. É limitado, claro. Só que jogou bem a maioria das partidas. Eu confesso que tinha esperanças no Digão, mas depois de sua atuação de ontem fica complicado defender. Borges achou espaços sobre ele em todas as jogadas. Esteve sempre mal posicionado.

No jogo anterior, contra o Vasco, quem entregou a paçoca foi Gum. A situação dos zagueiros tricolores é tão complicada que sempre a melhor opção é quem está fora. Hoje eu apostaria em uma dupla com Rosário e Leandro Euzébio. Amanhã, quem sabe?

Para não falar só dos lados negativos, em algo o Abel tinha razão. A postura da equipe é para ser elogiada. Jogou, sim, de igual para igual com o Santos fora de casa. A derrota era um resultado normal. A história do jogo poderia até ter sido outra. Os laterais estão chegando ao ataque com perigo e Lanzini vem se firmando, ganhando confiança e mostrando que podemos confiar nele. Vale um destaque também para a boa fase de Rafael Moura. O time ainda pode engrenar. Só não pode é a defesa continuar errando como tem acontecido.

Por hoje é só!

Saudações tricolores!

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